Não dá para atender autistas sem entender de autismo
Tatiana Perecin
2024-09-24
Supervisão
O autista tem um cérebro que é estrutural e funcionalmente diferente do cérebro dos neurotípicos e, por esta razão, as estratégias e soluções que funcionam para estas pessoas são diferentes daquelas que funcionam para neurotípicos.
Estas diferenças produzem uma experiência de vida profundamente diferente: são modos muito próprios de sentir, de pensar e de reagir ao mundo - um ponto de vista completamente diferente daquele dos neurotípicos.
E complementando tudo isso, o fato do autista estar num mundo construído por e para neurotípicos implica em desafios adicionais. Aprender a lidar com esta realidade, em parte nos adequando a ela, em partes demandando nosso direito de existir e de estar confortável nos ambientes que compartilhamos com os neurotípicos, é tarefa indispensável para uma vida plena.
A familiaridade com este contexto é indispensável para um trabalho psicoterapêutico que tenha uma potência real de produzir ganhos de qualidade de vida e saúde mental para um cliente autista.